A vida é uma construção, mas a morte chega sem avisos - e aí?
Construímos sonhos, mas a morte não espera. Como encontrar sentido no que vivemos?
Estamos ocupados construindo nossas vidas, com planos, sonhos e conhecendo novos lugares. Mas e quando a morte chega sem avisar? Tudo o que construímos perde o valor? Me pergunto isso desde a morte de um amigo…
Um garoto com quase 20 anos, no auge da vida, realizando seus sonhos e trabalhando 12 horas por dia, sempre pensando no seu futuro. Mas, um dia, simplesmente se foi. Outro garoto que, ontem, estava republicando stories no Instagram. Hoje, ele partiu vítima de uma parada cardíaca.
Ele tinha planos, como qualquer um de nós. Ele e tantos outros jovens, com sonhos e projetos. Mas a morte, sem aviso, os levou embora, deixando-nos uma pergunta: será que tudo isso valeu a pena?
A morte não avisa que está chegando. Ela não escolhe quem já realizou todos os seus sonhos ou quem está preparado para ir. Não faz distinção entre o jovem de 15 anos e o homem de 49 anos. Ela vem, sem aviso, e vai embora mais rápido do que chegou. E isso nos leva a refletir:
será que vale a pena tudo o que estamos fazendo? E se amanhã a morte vier para mim? Tudo isso terá sido em vão?
Mas também surge outro pensamento: se o que fazemos não fosse tão importante, não dedicaríamos tanto do nosso tempo a isso. Quem quer morrer e ser esquecido, lembrado como aquele que "não fez nada"? Tudo o que fazemos hoje é para dar significado à nossa vida. Para dar a ela importância.
Talvez o que realmente importa não seja quanto tempo temos, mas o que fazemos com ele. Meu amigo, embora jovem, não viveu uma vida vazia. Pelo contrário, ele viveu e muito! Ele fez diferença na minha vida e na de muitas outras pessoas que até hoje, assim como eu, o lembram como o garoto alegre que ele era.
Então, me diga: você está vivendo uma vida que vale a pena, mesmo que a morte venha antes do tempo? Está tudo bem que a morte chegue, porque, afinal, quem não quer viver no "paraíso", se ele realmente existir?
Não espere a morte te perguntar se você viveu a sua vida e se está pronto para ir. Aproveite enquanto há tempo!
Vamos, não chores.
A infância está perdida.
A mocidade está perdida.
Mas a vida não se perdeu.